Os delegados da Polícia Civil do Distrito Federal ficaram revoltados com a fala da secretária de Segurança Pública do DF, a psicóloga Márcia de Alencar, que disse que “a Polícia Civil não faria falta nos Jogos Olímpicos”. O Sindicato dos Delegados (Sindepo), representando os delegados na ativa e aposentados, divulgou nota de repúdio classificando a posição de Márcia como “desrespeito” e “despretígio”.Nesta sexta-feira (5), Márcia de Alencar decidiu não participar da reunião, ao meio dia, com representantes das forças de segurança pública e instituições parceiras e da organização da Rio 2016. Não fez falta. Ela quer evitar enfrentar os representantes da Polícia Civil e mais constrangimento, e escalou o secretário adjunto da SSP, coronel Márcio Pereira.
A declaração foi feita em duas reuniões, no início da semana, quando a titular da pasta disse que agentes e delegados não fariam falta no trabalho de segurança dos Jogos Olímpicos porque essa atribuição seria da Polícia Militar. Como consequência, agentes do Departamento de Operações Especiais (DOE) e da Divisão de Operações Aéreas (DOA) se retiraram ontem (4) do trabalho nos hotéis onde estão alojadas as delegações estrangeiras que vieram para as partidas de futebol.
As equipes de policiais da Divisão de Operações Especiais (DOE) estavam responsáveis pela escolta dos atletas das representações internacionais do Iraque, África do Sul e Dinamarca.
De acordo com a nota de repúdio dos delegados, a manifestação da secretária foi irresponsável, inconsequente e alheia à realidade e ao histórico das forças de segurança da capital da República do Brasil. “É surpreendente que uma integrante do Governo e Chefe do Sistema de Segurança apresente destacado menosprezo aos quadros de servidores de uma instituição vinculada à pasta que dirige. Esperamos que essa posição não reflita o pensamento do governador do Distrito Federal, Sr. Rodrigo Rollemberg”.
Fonte: Diário do Poder
.png)
.png)
