Arruda fala que vai ganhar e se diz vítima de um complô do PT

Helena Mader e Almiro Marcos, Correio Braziliense

 

arruda:2014
Depois de quatro anos de ostracismo, José Roberto Arruda está de volta. O ex-governador do Distrito Federal foi preso e cassado em 2010, depois do maior escândalo político da história da capital. Desde então, prepara seu retorno ao cenário eleitoral. Nos últimos anos, os advogados de Arruda travaram uma batalha judicial para mantê-lo com os direitos políticos e venceram. Agora, o ex-governador quer aproveitar a candidatura para dar a sua versão do que ele classifica como “o golpe de 2009”, mostrar realizações de seus três anos no Palácio do Buriti e fazer uma crítica contundente ao governador Agnelo Queiroz (PT).
O candidato do PR não poupa críticas e denúncias contra o atual chefe do governo e acusa petistas de terem montado “a farsa” que o tirou do poder. Em entrevista ao Correio, a primeira desde que deixou a política, o ex-governador dispara contra os rivais. “Estou absolutamente convencido de que este golpe contra mim foi tramado pelo PT, usando fortemente o aparelho de Estado. Contra fatos não há argumentos”, afirma. Arruda acusa ainda o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, de envolvimento no caso.
O ex-governador garante, entretanto, que não restringirá a campanha apenas a trocas de ataques. Ele quer fazer um comparativo de seus três anos à frente do governo com a atual gestão. “Se eu puder impor uma agenda, será para discutir o futuro da cidade. Se querem que Brasília continue com o freio de mão puxado ou se querem uma cidade que invista no futuro”. Sobre a retomada de relações com antigos desafetos, como Luiz Estevão e Joaquim Roriz, Arruda defende o pragmatismo para tirar o PT do Buriti. “Eu fiz uma composição política com um homem que governou Brasília quatro vezes e que inegavelmente tem um legado importante. O apoio dele me honra muito”.
Esta é a primeira de uma série de entrevistas que o Correio publicará com todos os candidatos ao Governo do Distrito Federal.

 

Como será a sua reapresentação à população, depois de quatro anos fora da política?
Fui tirado do governo, preso, execrado na opinião pública. Esses quatro anos foram muito difíceis, mas hoje já se sabe que todos aqueles vídeos eram anteriores ao meu governo. E isso está claro nos laudos da Polícia Federal. Todas as fitas foram editadas. Isso o próprio delator (Durval Barbosa) já confessou em juízo. A doação que recebi estava registrada no TRE, de acordo com a lei. Nesses quatro anos, coletei essas provas, testemunhas e, sobretudo, tive fé em Deus e confiei na Justiça. Estou absolutamente convencido de que esse golpe contra mim foi tramado pelo PT, usando fortemente o aparelho de Estado, para se contrapor midiaticamente ao mensalão do PT.

 

O senhor deu declarações atribuindo ao ex-governador Joaquim Roriz um complô para tirá-lo do poder.
Mudou de opinião?
Outras lideranças políticas poderiam ter interesse na minha queda naquela época. Mas contra fatos não há argumentos. Uma matéria publicada na Veja em fevereiro de 2012, fartamente documentada, mostra como o atual governador agiu em conluio com o delator para me derrubar. Outra matéria de capa da Veja (também de 2012) mostra a bela advogada Christiane (Araújo de Oliveira, acusada de ligação com petistas e com Durval Barbosa) dizendo como altas autoridades da República agiram para consumar o golpe contra mim. Mais do que isso, 15 dias antes do golpe ser perpetrado, recebi em Águas Claras a visita do ministro Gilberto Carvalho, pedindo para que eu mudasse de partido e fosse para a base do governo, que nada aconteceria. Não topei e aí aconteceu o que aconteceu.

Como foi a retomada de relação com Roriz?
Fiz uma composição política com um homem que governou Brasília quatro vezes e que inegavelmente tem um legado importante. O apoio dele me honra muito. A aliança política que faço nesse momento é de reunir todos os que gostam de Brasília contra o desgoverno do PT. Acho que o Roriz é um homem que fez Corumbá, resolveu o problema de Brasília por 100 anos; construiu grande parte do metrô e eu o ajudei nisso; ergueu a Ponte JK. Imagina a cidade sem a terceira ponte? Construiu nove cidades; acabou com as invasões. Pode-se gostar ou não dele, mas ele tem um legado importante de gestões. O apoio dele e da família dele, e das pessoas que fizeram parte dessa estrutura política dele me honra muito. E graças a Deus, a parte podre ficou com o Agnelo. O doutor Galeno (Furtado Monte), que era chefe de gabinete do Durval, também foi, no governo Agnelo, presidente da Comissão de licitação milionária dos ônibus.

 

Vai prestar contas na campanha?
Pensei muito se devia ou não voltar à vida pública. A decisão de voltar se deu por algumas razões. Tenho a minha consciência absolutamente tranquila e convicção de que fui derrubado por um golpe. Quero provar isso. E só terei espaço na mídia para me comunicar com a sociedade, como é minha obrigação, se eu botar a cara a tapa e for candidato. Eu, minha família, meus amigos e aqueles que me ajudaram a governar não merecíamos passar para a história como pessoas que não se dignaram a dar as explicações devidas. Estou pronto para o debate. A segunda razão é porque está nas ruas, em todas as classes sociais, a comparação que se faz dos meus três anos de governo com os quatro anos que se seguiram. As nossas 2,3 mil obras em três anos de governo com a paralisia que tomou conta de Brasília. Um governo dinâmico com um governo que não dá alvará, que não dá habite-se. A única coisa que o governo consegue fazer melhor que o meu é propaganda. Mas quanto mais eles gastam com propaganda enganosa, mais eles irritam a população. Eles mal conseguem terminar com muito atraso com sobrepreço… E que sobrepreço! Se meu governo não tivesse sido interrompido, hoje o anel viário estaria pronto, o VLT estaria rodando na W3, o túnel de Taguatinga estaria pronto, a Interbairros estaria pronta, já teríamos 400 escolas de tempo integral, a saúde não teria virado o caos que virou. Brasília seria outra. Não apenas eu paguei um preço pessoal e político muito alto pelo golpe. Brasília inteira está pagando um preço muito alto por isso.

 

Dá para conciliar um debate de ideias para a cidade com tantas explicações a serem dadas por causa das denúncias que o senhor enfrenta?
Estou preparado para o debate de ideias e para o debate sobre o futuro de Brasília. O nosso governo era aberto, democrático, plural, discutia com a sociedade, ouvia o povo, e fazia projetos para viabilizar o futuro da cidade. Brasília hoje é a capital do medo. Coitado do Paulo Octávio… Foi só dar uma declaração de que me apoiaria e foi preso. O governo usa descaradamente o aparelho do Estado para perseguir adversários. O governador Agnelo disse a várias pessoas que tinha certeza de que eu não seria candidato. Ele confiou que, tendo poder, influenciaria outros Poderes. Eu confiei na Justiça e estava certo. Agora, quero ver se ele tem coragem de debater comigo ao vivo, de cara limpa, olhando para as pessoas.

Tem receio de condenação no processo de improbidade administrativa que está para ser julgado no Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios?
Essa parte jurídica, meus advogados estão tocando com muita competência. Eu parti do princípio de que eu só tinha um caminho, que era confiar na Justiça. Para fazer um escândalo, basta fitas editadas, testemunhos falsos. Na Justiça não, ela exige provas lícitas, periciadas. Eu tinha muita confiança de que venceria todas as barreiras jurídicas.
O senhor diz ter confiança na Justiça, mas entrou com uma ação de suspeição contra o juiz (Álvaro Ciarlini, da 2ª Vara da Fazenda Pública) que o condenou em primeira instância. Por quê?
Mas isso é Justiça. Tudo o que estou fazendo é na Justiça, e ela tem várias instâncias. Se uma instância se coloca em situação de parcialidade ou suspeição, recorre-se à instância seguinte, dentro das leis. É uma luta legítima, própria do Estado democrático. Meus adversários que acharam que poderiam me tirar mais uma vez no tapetão. Erraram. Vão ter que me enfrentar nas urnas.

Teme que o Durval Barbosa tenha alguma carta na manga para a campanha?
Eu não temo mais nada. Só desejo que os meus adversários tenham a mesma disposição que eu, para discutir tudo de maneira clara e passar a limpo essa página triste da história de Brasília.

Vai pedir desculpas novamente à população, como fez no passado (no caso do escândalo da violação do painel do Senado, em 2000, durante a votação sobre cassação do mandato do também senador Luiz Estevão)?
É uma questão de explicar tudo o que aconteceu, com provas e testemunhas. O que não significa que não cometi erros. Quando fiz um entendimento político que ampliou muito a minha base de apoio, eu não faria isso hoje novamente. Eu seria mais exigente na escolha de quadros para o governo. Isso é fundamental. É preciso ter mais cuidado na gestão. Eu diria que esta coligação ampla que fiz pela governabilidade infelizmente me fez ter, no âmbito do governo, personagens que não deveria ter estado.

 

O PR vai apoiar a presidente Dilma Rousseff nacionalmente. Como foi essa costura aqui no DF?
O partido teve uma deliberação que, nos estados, os candidatos estão livres para fazer as coligações que lhe forem naturais.

Seus adversários podem trazer à tona as imagens da crise de 2009. Como conseguir contrapor o seu
pouco tempo de televisão com o tempo maior dos adversários, que com certeza vão ao ataque?
Acho que será uma luta de Davi contra Golias. Eles têm mais tempo de televisão, muito mais dinheiro, mais partidos, distribuem cargos de livre provimento no governo a rodo para fazer a composição política que estão fazendo. Portanto, eles são muito mais fortes. Por outro lado, temos uma massa de apoio popular muito grande. Eu não trocaria o meu pequeno tempo de televisão pela grande rejeição que eles têm. Por outro lado, acho que a campanha de televisão do atual governador terá um trabalho muito maior do que o meu. Porque eles vão ter que escondê-lo durante 10 minutos e eu vou ter dois ou três para aparecer.

 

Como se contrapor a um discurso da ética na política?
O Reguffe bate muito nessa tecla e tem muito eco no eleitorado. Brasília sempre teve, desde a primeira eleição, em 1986, esse perfil do político que fala muito, é um craque para falar mal da vida dos outros, mas quando você coloca ele para fazer alguma coisa, não dá conta. Foi assim que o Agnelo fez a vida política dele inteira. Ele não tinha, antes de ser governador, nenhuma experiência executiva. A pequena que teve no Ministério do Esportes foi um desastre. Desastre, aliás, confessado a mim pelo (ex) presidente Lula. Ele (Agnelo) sempre foi uma pessoa cunhada em fazer críticas e falar mal da vida dos outros. Esse perfil tão comum na política brasileira, do sujeito que é vestal, dono da ética e da moralidade, quando coloca uma enxada na mão dele, não sabe capinar. A cidade está paralisada. É como você dirigir um carro com o freio de mão puxado. É a primeira vez na história de Brasília que o governo federal faz uma intervenção no governo local. O governo ia tão mal nos dois primeiros anos que nomearam um interventor e conseguiram piorar ainda mais, pois tem duplo comando.

Interventor? O senhor fala sobre quem?
Vocês sabem.

O senhor fala do Berger (Swedenberger Barbosa, o secretário-chefe da Casa Civil)?
E não sei quem é pior do que o outro. E aí o governo tem duplo comando. Ninguém sabe se fala com o governador Agnelo ou com o governador Berger. E eles não se dão entre si. Nem o regime militar fazia isso. Quando o presidente era um general e o governador de Brasília era um coronel, se o coronel não ia bem, ele era trocado. Mas não se nomeava um outro para dividir comando. Eu converso com muitos pioneiros, com pessoas que estão aqui desde Juscelino Kubitscheck, desde Israel Pinheiro, e é consenso que Brasília nunca teve um governo tão ruim.

 

A credita em um segundo turno?
Análise política não é o meu forte. Não sei. Isso é vocês que sabem. O que está em discussão neste momento são as 2.300 obras que fiz no meu governo, os programas que fiz no meu governo, a eficiência que Brasília tinha. Brasília vivia um clima de otimismo, de alegria, de desenvolvimento econômico, tinha uma perspectiva de futuro diferente, em contraposição a esse governo ineficiente que se serviu. Essa é a discussão que vai pautar a eleição.

O senhor já falou sobre a reaproximação com o ex-governador Roriz. Como foi reatar a relação com
o ex-senador Luiz Estevão (PRTB)? Afinal, os senhores eram desafetos na política e agora ele preside um dos principais partidos de sua aliança.
Foi muito mais simples do que se imagina. Eu o respeito como presidente de partido, e ele me considera o candidato viável. Fico feliz de ter reconstruído essa relação. Foi bom para mim. Ele é uma pessoa inteligente. O mais importante: dizem que dois bicudos não se beijam. Falavam muito isso de mim e do Roriz. Na verdade, essa nossa aliança política superou as eventuais arestas e discordâncias do passado por um objetivo maior, que é se contrapor ao PT e voltar a ter um governo eficiente em Brasília.

 

É uma questão de pragmatismo político?
No campo político, está muito claro. Tenho uma pequena coligação para me confrontar com uma grande coligação que está no poder. Nesta minha pequena coligação procuro reunir, no entanto, lideranças e expressões políticas muito representativas. Gente que tem muito voto e trabalho para mostrar. E o mais interessante é que essas pessoas que andam nos subterrâneos do governo para ganhar vantagem nos largaram porque deixamos o governo e estão lá no poder. São os mesmos de sempre. Então, graças a Deus, esse período de dificuldades nos livrou dessas companhias indesejadas. Agora, podemos fazer uma articulação política pelo bem da cidade. Estamos fazendo uma composição política com projeto de Brasília, com ideais, enquanto as articulações em torno do partido que está no governo são por interesse. Então, eu diria que muitos partidos que vão se coligar oficialmente com quem está no poder vão nos ajudar muito em termos de voto. Porque ficam lá por interesse, e os votos estão aqui.

Está confiante de que a candidatura vai até o fim? Ou teme alguma reviravolta jurídica?
Cumpri todas as regras eleitorais, venci todos os obstáculos na Justiça e estou absolutamente certo de que agora o julgamento deve ser o da população. E esse julgamento é extremamente importante. É cada morador e cada moradora de Brasília que, com seu voto, vai definir seu futuro.

 

Acha que é possível, nos três meses de campanha, driblar a rejeição existente?
Tenho que partir do princípio de que a tragédia midiática que vivi exige, de minha parte, um enorme esforço para superar as consequências negativas dela. Sei que será uma campanha duríssima. As armas que serão usadas serão terríveis, muitas subterrâneas e maldosas. Sei que o jogo não é limpo. Estou imbuído de muita disposição de enfrentar tudo isso com fé em Deus e com confiança na minha verdade, na minha consciência, de que fiz um bom governo e fui derrubado por um golpe. Eu saí do governo e fui preso. Há um paralelo na história. O governador Arraes, de Pernambuco, também saiu do palácio e foi preso pelos militares, pela ditadura. E 20 anos depois ele voltou e foi resgatado pelo povo de Pernambuco. Eu fui tirado do governo e fui preso pela ditadura do PT, que é ousada, que usa o aparelho de Estado, que se infiltra nos outros poderes e faz qualquer coisa para destruir adversários. E eu vou buscar o meu resgate. É o que me resta na vida.

 

Além das matérias de revista, o senhor tem alguma coisa, alguma prova cabal que pode incrimar o PT nisso que o senhor chama de golpe?
Sem dúvida nenhuma. Há uma coisa importante. Durante esses últimos meses, o governador Agnelo fez a política do medo. Ele afirmou, para várias pessoas, categoricamente, que eu não seria candidato. Isso revela, primeiro, a arrogância dele de que influenciaria outros poderes. Segundo, isso revela também o medo que tinha de me enfrentar nas urnas. Ele ganhou uma eleição por W.O. e queria ganhar uma segunda também sem adversários. Brasília é a capital do país e precisa ter eleição. Eu estou numa situação, que pouca gente teria coragem, depois de tudo o que passei, de saber que meus filhos vão sofrer mais uma vez, minha família, meus amigos. Estou enfrentando tudo isso porque eu faço questão de que tudo venha à tona: o golpe que me derrubou, quem agiu para me derrubar e o conluio entre delatores e membros do Ministério Público local. Eu quero que tudo apareça. Não tenho mais nada para esconder. Não tenho mais nada para perder. A única vantagem que tenho depois de tudo o que vivi é que eu não tenho rabo preso com ninguém. Até hoje não apareceu a fita da conversa do Agnelo com o Durval. Foram arrancados dos autos. É absurdo jurídico e histórico. Meus advogados estão peticionando para que a fita da conversa do Agnelo com o Durval para me derrubar apareça.

Mesmo que o senhor perca a eleição, já terá valido a pena?

Eu vou ganhar!

E projetos que estão em andamento? O senhor pretende concluir, caso eleito? Caso do BRT…
O BRT é projeto do meu governo. Fui eu que licitei, inclusive. Eles executaram mal e com sobrepreço. É claro que tem alguns projetos que ele herdou do meu governo e precisam ter continuidade. Mas é preciso corrigir erros. É um absurdo fazer o túnel do aeroporto com uma curva. Isso pode ceifar vidas. É preciso fazer também com que as obras públicas voltem a ser executadas pelos empresários de Brasília. As poucas obras foram feitas por empresários de fora.

E o deputado Luiz Pitiman? Houve uma negociação para colocar todos na mesma chapa, mas não foi possível. O senhor acha que a candidatura dele tira votos do senhor?
Acho que não. Ele cumpre o papel dele nessa eleição.

Como será organizada a sua campanha?
Será uma campanha franciscana. Com sola de sapato. Estou indo direto na casa das pessoas, conversar com elas, nos bairros, nas quadras, nas cidades. Tenho encontrado um carinho enorme. Eu diria que 20% da população de Brasília não dependem muito de governo, têm plano de saúde, carro próprio. Mas os 80% que precisam de hospital público, que os filhos estão nas escolas públicas, que não têm segurança particular e precisam de segurança pública, que dependem de transporte coletivo estão sofrendo muito. Só por isso tenho chance de ganhar.

 

Vai focar nas áreas mais pobres?
Eu não tenho foco. Estou apenas fazendo um diagnóstico da realidade.

O senhor acha que é mais forte nas áreas mais carentes?
Diria que o meu governo foi muito mais voltado para as áreas humildes da cidade. No meu governo, coloquei toda a infraestrutura na Estrutural, no Itapoã, no Arapoanga, no Mestre D´Armas, na Vila São José, num monte de lugares onde milhares de pessoas viveram 20 anos, 30 anos sem água, esgoto e asfalto. Essas pessoas reconhecem o meu trabalho.

O apoio do ex-governador Roriz ajuda nessas áreas onde ele sempre teve votos?
Considero a aliança política que fiz fundamental para ter chance de vitória. Não sou o favorito. Saio de uma situação ruim. Não estou no poder. Não tenho dinheiro. Não tenho cargos para distribuir para conseguir partidos. Eu não sou favorito. Qualquer pessoa que vai para reeleição é o favorito natural. Mas estou disposto a enfrentar essas dificuldades.

 

Por causa de uma intervenção nacional do PPS, o senhor teve de trocar o vice na sua chapa. A mudança provoca algum prejuízo na sua estratégia?
Ao contrário. Eliana (Pedrosa) já declarou que o coração dela fica com a gente. E como casamento em delegacia não dá certo, eu tenho certeza de que todo o capital político da Eliana, que é muito grande, vai estar conosco. Ela vai me ajudar a governar como da outra vez. O Frejat foi o melhor secretário de saúde da história de Brasília, o criador da faculdade pública de medicina, e vai me ajudar a criar a universidade pública do Distrito Federal e a colocar ordem na Saúde do DF. Os que quiseram me atrapalhar fizeram um gol contra e acabaram me ajudando. Vamos somar o capital político da Eliana e do Frejat.

 
Fonte: CORREIO BRAZILIENSE

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