CASO GIM ARGELLO: TSE NÃO QUER JULGAR SENADOR DO PTB

Misteriosamente, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até agora não julgou o processo que pede a cassação do  mandato do senador Gim Argello (PTB). Mesmo com tantas denúncias nas costas, o senador que assumiu a vaga de Joaquim Roriz (PSC) ainda acha que conta com o apoio do Planalto para que o TSE não julgue seu caso, que segundo analistas, é dado como perdido.

Caso os ministros do TSE decidam por julgar o caso nos próximos dois meses, e sendo Gim derrotado no plenário, Brasília terá nova eleição para senador. Entre os favoritos aparecem:  Alberto Fraga (DEM) – que ficou em terceiro lugar na disputa ao Senado nas últimas eleições – , Geraldo Magela (PT) e Maria de Lourdes Abadia (PSDB),  quarto lugar na disputa ao Senado em 2010.

O  TSE precisa julgar logo, porque o ministro-relator deverá se aposentar em breve. Caso não coloque o processo em julgamento, Gim  Argello (que ganhou  mandato de senador sem ter tido um único voto sequer em 2006) ganhará mais dois ou três anos de sobrevida no Senado Federal.

Nos bastidores do Palácio do Planalto, a situação de Gim é dada como “liquidada” pela presidente Dilma Rousseff (PT). Só falta agora o TSE desatar o nó que impede julgar o senador do PTB-DF o quanto antes.

Há muitas denúncias envolvendo o senador Gim Argello, e as investigações continuam.

Confira  matéria veiculada no Correio Braziliense em  20 de dezembro de 2007:

TSE pode rever ação do PCdoB-DF contra Roriz

Uma decisão tomada na tarde de quarta-feira (19) pelos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) torna possível a revisão das provas contra o ex-senador Joaquim Roriz (PMDB) no processo em que é acusado de ter se beneficiado de propaganda institucion

O processo corre no Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, mas um recurso apresentado pelo partido político levantou a polêmica se a matéria deveria ou não ser reexaminada em instância superior.
O PCdoB pediu a impugnação da campanha de Roriz sob a alegação de que o então candidato ao Senado teria se valido de divulgação feita pela Caesb sobre a mudança no número de telefone da instituição. Os novos dígitos eram coincidentes com os números de identificação do político.
A tese jurídica levantada pelo partido de Agnelo é que uma eventual suspensão da candidatura de Roriz deve ser estendida às duas suplências da vaga. O posto deveria ser assim assumido pelo segundo candidato com o maior número de votos. “No nosso entendimento, a condenação compromete somente os votos do acusado, o que torna o concorrente do PCdoB o mais bem votado nas últimas eleições”, diz Luiz Carlos Alcoforado (advogado do partido).
O advogado do senador Gim Argello (PTB), ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Maurício Corrêa, afirmou que vai recorrer da decisão do TSE na instância máxima da Justiça. A defesa de Gim afirma que vai esperar a publicação do acórdão da votação de ontem — prevista para fevereiro — quando então levará o caso para o STF. “A decisão sobre o reexame das provas não é definitiva, terá primeiro que ser julgada pelo Supremo. E até que isso ocorra, Gim mantém toda a legitimidade de Senador”, considerou Maurício Corrêa.
Joaquim Roriz renunciou ao mandato de senador em julho deste ano para evitar o processo de cassação de mandato parlamentar. Ele foi acusado de quebra de decoro após divulgação de conversas telefônicas que revelaram a negociação do político sobre partilha de um cheque de R$ 2,2 milhões com ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklim de Moura. A reportagem do Correio tentou fazer contato com a defesa do ex-senador para comentar a decisão do TSE, mas não obteve êxito.
Fonte: Correio Braziliense

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