O site Conbrad comemora o sucesso do Dominó Brasileiro Competitivo e a inclusão do Brasil no circuito internacional desse esporte.
Para celebrar esse grande momento, em que a maior delegação brasileira está se preparando para participar do XI Campeonato Mundial de Dominó no México neste ano, realizamos uma série de entrevistas com lideranças nacionais e também de outros países.
Com grande prazer, vamos iniciar as entrevistas com dois de seus precursores, os amigos Manoel Vieira e Astolfo Corrêa, de São Paulo, que vão nos contar suas experiências e colaborações, os desafios enfrentados nessa seara, assim como as suas visões sobre o Dominó. lançando estrategicamente uma luz e um olhar sobre o futuro desse querido esporte, neste país-continente, apaixonado pelas “pedrinhas”.
Manoel Vieira participa desde os primeiros momentos da organização do Dominó Brasileiro e foi o autor da proposta de se lembrar a data 24 de maio como o Dia Brasileiro do Dominó, uma terça-feira, que foi marcado como o primeiro encontro das lideranças brasileiras com o presidente da Federação Internacional de Dominó, no Ministério do Esporte, em Brasília.
De antemão, agradecemos imensamente as participações desses grandes amigos.
Hoje falaremos com o Manoel Vieira e, na semana que vem, postaremos a entrevista do amigo Astolfo Corrêa. Desfrutem.
SITE CONBRAD: Senhor Manoel, obrigado por ter aceito o convite de colaborar conosco nessa conversa sobre o Dominó.
MANOEL VIEIRA: Quero inicialmente expressar os meus agradecimentos pela oportunidade de falar e escrever sobre o Dominó, pois para mim é uma enorme alegria e um grande prazer. O Dominó, tradicionalmente em um passado bem recente era jogado de forma recreativa, lúdica até, totalmente descompromissado com regras de qualquer natureza por mero passatempo de idosos nas praças, nas mesas de bares para disputa de cerveja entre amigos ou como forma de lazer nos lares entre familiares.
SITE CONBRAD: como se deu a origem e desenvolvimento do Dominó organizado em nosso país?
MANOEL VIEIRA: Antes de falar do desenvolvimento do Dominó em nosso país, gostaria de voltar um pouco mais no tempo para dizer da importância da criação da Federação Internacional de Dominó – FID, no ano de 2000 na cidade de Barcelona (ESP), fundada e presidida até 2007 por Eduard Petreñas, fato este determinante para o desenvolvimento do Dominó no mundo. Petreñas, foi o grande incentivador do esporte no mundo, tendo sido responsável pela criação de Federações em vários países e realizador de 5 campeonatos mundiais de Dominó.
Meu primeiro contato foi em 2005, quando fui nomeado por ele como delegado da FID no Brasil e incentivado por ele a criar a Confederação Brasileira de Dominó, aqui em São Paulo. No entanto, por falta de apoio o projeto não foi adiante. Atual presidente da: Dominó Internacional Fundació, da qual também é criador, Petreñas, continua dando sua contribuição ao Dominó, como eterno amante do esporte que sempre será. A FID é presidida atualmente por Don Lucas Guittard, e tem sede em Orlando na Flórida (EUA), sendo reconhecida em 37 países como autoridade máxima do Dominó mundial.
SITE CONBRAD: O Dominó brasileiro está dando os seus primeiros passos. A Conbrad está em seu quarto ano com cinco Federações afiliadas e busca implementar e estruturar o esporte em outros estados. Como o senhor analisa os trabalhos realizados até aqui?
MANOEL VIEIRA: No Brasil em 2011, com o apoio institucional da FID, já sobre a presidência do Sr. Guittard, foi criada a Conbrad, formada por um grupo de amigos de Brasilia (Associação Terno de Branco) – capitaneado por Ronaldo Aguiar, que é o atual presidente da entidade nacional. A criação da Conbrad foi o divisor de águas na história do Dominó no Brasil e um grande passo para sua transformação em esporte competitivo e organizado com compromisso com as regras internacionais sem perder no entanto a essência do Dominó recreativo, que continuará sendo jogado da mesma forma como passatempo e com total descontração.
SITE CONBRAD: Conte-nos a sua experiência internacional no Campeonato realizado nos EUA ano passado e o do México em setembro de 2014.
MANOEL VIEIRA: O Dominó competitivo e organizado é disputado através de Campeonatos Mundiais realizados pela FID; Campeonatos Brasileiros realizados pela Conbrad (já tivemos dois); e Campeonatos Estaduais realizados pelas Federações, obedecendo as regras e regulamentos oficiais brasileiros, alinhados às internacionais da FID.
No Brasil, graças à Conbrad, com o apoio das lideranças dos Estados, já existem filiadas 5 Federações-Membros: Febrad/DF, Fepad/SP, Fesdo/ES, FMD/MA e Fecad/SC, e movimentações em mais três Estados para a formação de suas Federações (Bahia, Amazonas e Rio de Janeiro).
Oficialmente, em 2011, o Brasil participou de seus primeiros Campeonatos Mundiais, na Costa Rica e Abecásia (até então a FID organizava dois eventos por ano). Em 2012, a Conbrad teve representantes na Venezuela. Em 2013, foi em Orlando, na Flórida (USA), que foi a minha primeira participação com a delegação brasileira, quando tivemos o maior número de participantes (12). Foi realmente uma experiência marcante, inesquecível que estaremos revivendo no México em setembro próximo, quando teremos 22 integrantes entre atletas e acompanhantes o que representa um aumento significativo da delegação brasileira.
SITE CONBRAD: Quais são os maiores desafios atualmente e o que o senhor vislumbra para os próximos 4 anos?
MANOEL VIEIRA: No retorno do mundial do México, teremos eleições para a diretoria da Conbrad, para um mandato de 4 anos (2015/18) e alguns desafios já se apresentam para esta próxima diretoria. O principal deles é a realização do Mundial no Brasil em 2016, o que projetará o Dominó brasileiro no contexto mundial. Devemos estar atentos às tendências do Dominó internacional, e termos em mente a necessidade de uma participação mais efetiva do Brasil no comando da FID e de suas decisões.
