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    HomeDistrito FederalGDF diz 'não ter prazo' para consertar três tomógrafos quebrados há meses

    GDF diz ‘não ter prazo’ para consertar três tomógrafos quebrados há meses

    Empresas cobram dívidas de 2014 para renovar manutenção, diz Gondim.
    Débitos somam R$ 2,4 milhões; das 13 máquinas, 8 têm operação normal.

    Mateus Rodrigues Do G1 DF

    “Com sete dias na pasta [em agosto], tomei a enérgica medida de pedir ajuda ao Ministério Público para que intercedesse e pudesse viabilizar essa contratação, mas não aconteceu. Cheguei a falar com o vice-presidente da empresa que fabrica o tomógrafo, a única que detém a tecnologia dos tubos, e só conseguimos uma contratação avulsa, um conserto contratado à parte”, diz Gondim.

    O reparo nos tubos de um tomógrafo do Hospital de Base foi feito em outubro por R$ 400 mil. Duas semanas depois, a peça voltou a quebrar e só foi consertada nesta segunda (23), sem custo porque ainda estava na garantia. O aparelho também tem um problema no cooler, peça que faz o resfriamento da máquina, e está funcionando com 60% da capacidade para não sobreaquecer.

    O DF tem 13 tomógrafos na rede pública, mas um deles foi desmontado permanentemente e está associado a um acelerador linear, usado para sessões de radioterapia. Por isso, 12 máquinas são destinadas a exames de tomografia. Uma delas tem contrato de manutenção ativo, pois é nova e está na garantia.

    Carta enviada pela GE à Secretaria de Saúde suspende manutenção de equipamentos até quitação de faturas em atraso (Foto: GDF/Reprodução)Carta enviada pela GE à Secretaria de Saúde suspende manutenção de equipamentos até quitação de faturas em atraso (Foto: GDF/Reprodução)

    Para os outros, até os contratos emergenciais foram rejeitados pelas empresas. Além do aparelho do Base com capacidade reduzida, há três maquinas completamente paradas (outra do Hospital de Base e as únicas de Ceilândia e Taguatinga).

    200 exames a menos
    Em condições ideais, cada tomógrafo pode realizar até 60 exames ao dia. No cenário atual, a rede perde 200 exames diariamente. “Por falta de sorte nossa, dois problemáticos estão no Hospital de Base, nosso maior hospital”, diz Gondim. A secretaria diz garantir que os pacientes estão sendo transferidos para outras unidades para realizar os exames.

    O secretário afirmou que já pediu diversas vezes ao Ministério Público que intercedesse para garantir a prestação do serviço, mas o órgão ainda não teria protocolado qualquer ação nesse sentido. O G1 entrou em contato com o MP e aguardava retorno até as 18h30.

    Em 15 de outubro, dados da Secretaria de Saúde indicavam que 8,8 mil pessoas estavam na fila de espera por uma tomografia. Nesta terça, a pasta não atualizou os dados e disse que vai informar a “demanda mensal” pelo exame. Não há data para a conclusão desse levantamento.

    A recusa de empresas como Siemens, GE e Philips é baseada em dívidas pendentes desde 2014 que superam os R$ 2 milhões. Os débitos foram reconhecidos e incluídos no cronograma de pagamento, que só começa a ser quitado em julho de 2016. Até lá, o governo aguarda ajuda da Justiça para “forçar” as empresas a prestarem assistência.

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