Uso excessivo de novas tecnologias pode causar miopia

 

Computadores, smartphones, tablets… Quem hoje em dia não passa horas lendo mensagens ou assistindo um vídeo nesses aparelhos? Seja por trabalho ou diversão, o fato é que estamos cada vez mais com os olhos vidrados na telinha. No entanto, é preciso tomar cuidado.

Um dos problemas de saúde que vem aumentando muito com a modernidade é a miopia, que já afeta 25% da população mundial e pode chegar a um terço nos próximos anos. Causada por hereditariedade ou diversos fatores ambientais, como medicamentos e alimentação, a miopia também está relacionada com a falta de atividades ao ar livre e o esforço visual excessivo, provocados principalmente pelo uso contínuo desses aparelhos tecnológicos. “A miopia é um vício de refração da luz em que as imagens são formadas na frente da retina fazendo com que as figuras distantes fiquem desfocadas. Entre suas causas, está o uso abusivo de aparelhos eletrônico, como computador, smartphones, celulares e tablets. Quanto mais próximo esses objeto estão dos olhos, maior a chance da pessoa de desenvolver miopia”, explica o dr. Canrobert Oliveira, chefe do Departamento de Refrativa e presidente do Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB).

Pesquisas apontam que os países que têm mais incidência de miopia são os que fazem mais uso da tecnologia, como China e Japão. O Brasil, onde a população passa em média 5,3 horas diárias na frente do computador, também acompanha os dados mundiais. De acordo com o Relatório de Saúde Ocular 2015, divulgado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), entre os 201 milhões de habitantes, estima-se que existam entre 22 e 72 milhões de míopes, ou seja, entre 10% e 35% dos indivíduos. E o problema pode aparecer cada vez mais cedo, já que hoje em dia é comum encontrarmos crianças dependentes do uso dessas tecnologias. Vidradas neste mundo virtual, muitas já possuem tablets ou passam horas brincando com os celulares dos pais, podendo ocasionar danos oculares. “Com os pequenos é preciso atenção dobrada. Essas novas tecnologias forçam o sistema acomodativo da visão, exigindo esforço motor para focar os objetos de perto. Este fenômeno exige do cristalino curvaturas que promovem miopia. Por isso que os míopes veem bem de perto e mal os objetos ao longe. Este esforço por tempo prolongado vicia o cristalino, de tal forma que quando a criança olha para longe ele volta às curvaturas para ver objetos distantes, mas não totalmente, deixando um resto da curvatura para perto. É preciso um controle para que isso não aconteça. Em todo caso, se os pais tiverem que fazer uma opção entre permitir o uso de jogos no tablet, em computador ou na televisão, por tempo prolongado, a preferência deve ser por esta última, que permite uma distância maior entre os olhos da criança e o objeto. Deve-se ainda limitar o tempo da criança  em frente a esses aparelhos”, afirma dr. Canrobert.

Para evitar problemas futuros, o melhor caminho é visitar regularmente o oftalmologista. “No caso da miopia, quanto mais cedo seguir as orientações médicas, melhor será o futuro da visão dessas crianças. Graus elevados predispõem a uma série de limitações profissionais e esportivas além de favorecerem a problemas de retina e da própria autoestima. Por isso, todo esforço para barrar essa evolução é bem vindo”, orienta o oftalmologista.

Cirurgia

Como tratamento, a procura pela cirurgia refrativa tem crescido muito nos últimos tempos. “Graças à chegada de novas técnicas, como a utilização do Femto Laser, por exemplo, é possível realizar cirurgias cada vez mais avançadas, rápidas e seguras. Este equipamento é também utilizado em catarata, correção de miopia, astigmatismo, hipermetropia e vista cansada. O Femto Laser reduz o risco de infecções, possibilita maior precisão de resultados e promove menor interferência na fisiologia corneal”, conclui Canrobert Oliveira.

 

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