Candidatos ao GDF participam de sabatina do Sinpol-DF

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Em um auditório com mais de mil pessoas, os candidatos assumiram compromissos com a categoria
Os cinco principais concorrentes ao cargo de governador do Distrito Federal participaram da sabatina promovida pelo Sindicato dos Polícias Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF). Em um auditório com mais de mil pessoas, os candidatos responderam às questões sobre as principais reivindicações da categoria.

Todos os candidatos tiveram espaço para fazer uma breve apresentação e, logo depois, foram sabatinados pelo Sinpol-DF. O último concurso público realizado para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) foi tema de uma das perguntas. Dos 1.122 aprovados, até então, apenas 500 foram nomeados. Entretanto, este certame não supre as 3.029 vagas autorizadas em lei pelo Congresso Nacional.

O reajuste dos auxílios da categoria também foi questionado. Atualmente, o auxílio-saúde varia de R$ 70 a R$ 120, e o valor do auxílio-alimentação está, em média, R$ 350, muito inferior ao de outras carreiras. Outro tema foi a MP 650 – que tramita no Congresso Nacional, uma das emendas da proposta reconhece todos cargos da PCDF em definitivo como de nível superior, uma vez que essa é a qualificação exigida em concursos para a instituição desde 1996. A isonomia entre as Polícia Civil e Federal também foi objeto de questionamento aos candidatos.

O presidente da entidade, Rodrigo Franco, avaliou positivamente o encontro durante a tarde desta última terça-feira. “Não é um evento para que o Sinpol-DF se posicione nesta eleição. Promovemos esta sabatina para que cada candidato tivesse a oportunidade para conversar com os policiais civis e apresentar as propostas para as nossas principais reinvindicações e, hoje, o nosso principal pleito é a aprovação da MP 650”, disse.
Jofran Frejat (PR) – O substituto de José Roberto Arruda na campanha do Partido da República (PR) abriu a sabatina. Durante a apresentação, o candidato começou o discurso lembrando aos presentes que foi policial civil. O político aproveitou para reafirmar que “a função de vocês é importante, vocês saem de casa e não sabem se voltam”, disse.

Ao ser questionado sobre a convocação dos aprovados no último concurso, Frejat reforçou que, se eleito, irá convocar todos os aprovados no último concurso. “Vaga é para ser ocupada! Para que deixar a vaga aberta? A polícia e a sociedade precisam”, afirmou.

O candidato do PR afirmou ainda que vai manter o diálogo para atender as demandas da categoria. “Não quero ser irresponsável, quero sentar com o Sinpol-DF e discutir as propostas com o recurso, com a planilha orçamentária em mãos. Tendo a disponibilidade do recurso não há o que discutir, ou nós prestigiamos a classe ou nós abrimos mão da nossa capacidade de gerenciar. Não vou fazer bravata”, declarou.

Rodrigo Rollemberg (PSB) – O segundo participante da sabatina do sindicato, também destacou a importância da Polícia Civil. “Temos objetivos em comum, queremos ter uma segurança pública melhor para toda a população do Distrito Federal. Isso é um desejo da população e isso é uma obrigação do governador”, disse.

Como Jofran Frejat, Rodrigo Rollemberg concorda com a nomeação de todos os aprovados no último concurso público. O candidato do Partido Social Brasileiro (PSB) aproveitou para destacar que é preciso investir na capacidade técnica, na inteligência, e prover melhores equipamentos para a PCDF.

O candidato criticou a administração atual ao falar do Fundo Constitucional, que foi instituído para a manutenção da segurança pública do Distrito Federal. “Hoje o que está faltando é a liderança do Governo do Distrito Federal que não faz gestões políticas eficientes”, afirmou Rollemberg.
Luiz Pitiman (PSDB) – O candidato do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) defendeu que é preciso resgatar os orgulhos que a população do Distrito Federal tinha com os serviços públicos. Durante a apresentação, Pitiman lembrou que a PCDF estava equiparada nas questões salariais com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), mas “hoje é menos do que a metade”.

Sobre a reestruturação da carreira, o atual deputado federal destaca que é preciso repensar a questão salarial, “vamos abrir ao diálogo, vamos levar para o Presidente da República, como está na constituição, mas vamos levar como decisão já tomada em conjunto com a categoria”, afirmou.

“Para termos novamente a Polícia motivada e em condições de atuar, tem que ter sim condições financeiras para que cada um de vocês saia de casa, volte para casa e dizer que valeu a pena. Hoje, não está valendo a pena”, ressaltou o candidato do PSDB.

Toninho do PSOL – Psicólogo concursado, o representante do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) afirmou entender a lógica e as demandas das categorias por ter a trajetória política ligada a sindicatos e a organizações. O candidato ressaltou que o diálogo precisa estar aberto a todo momento para que as soluções possam ser construídas em conjunto.

Toninho também se comprometeu a apoiar a MP-650 e disse que o PSOL é favorável à proposta que pode dar o reconhecimento aos cargos da PCDF como de nível superior. “Podem anotar que os nossos deputados e senador do PSOL estão favoráveis à emenda que coloca vocês plenamente atendidos”, disse o candidato.

“Quero realizar concurso público para todas as categorias do Distrito Federal e para a Polícia Civil, concursos anuais para que não haja nenhum tipo de lacuna ou brecha no serviço prestado a nossa população”, afirmou Toninho do PSOL.

Agnelo Queiroz (PT) – O atual governador fechou a sabatina do Sinpol-DF. Candidato à reeleição pelo Partido dos Trabalhadores (PT), afirmou que a diferença dele para os concorrentes é a ação. “Todas as reivindicações que foram apresentadas no início do meu governo pela categoria foram atendidas”.

Agnelo também aproveitou a oportunidade para anunciar que, na próxima semana, 100 aprovados no último concurso público serão convocados e até o fim do ano todos serão nomeados. “Chamaremos todos os aprovados no concurso até o final deste mandato. Já convocamos 739, na próxima semana vamos chamar mais 100 e até o final do ano totalizaremos mil. Nos próximos quatro anos vamos convocar mais duas mil pessoas”, explicou o governador.

Dentre os aprovados no último concurso, 622 aguardam a convocação e mais de 200 excedentes também esperam uma definição do GDF. Para eles, Agnelo disse que “é preciso garantir a segurança jurídica para não invalidarmos todo o concurso”.

O candidato do PT também reafirmou que enviou uma mensagem para o Congresso Nacional para a aprovação da MP 650. Sobre o Fundo Constitucional e para que os recursos continuem a chegar na Polícia Civil, o governador afirmou que já conversou com a Casa Civil e com o Ministério do Planejamento.

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