Sem condições financeiras para um tratamento na rede particular, a dona de casa Glauciane Carla Vieira Souza, que mora em São Sebastião, enfrentou filas em hospitais públicos para salvar a visão e a saúde ocular do filho Arthur Luiz Vieira Souza, um bebê de quatro meses que nasceu com catarata congênita nos dois olhos. Mas a solução para o problema veio da Fundação Regional de Assistência Oftalmológica (FRAO). “Eu e meu marido estávamos sem saber o que fazer quando descobrimos a FRAO, que rapidamente deu início ao tratamento do meu filho. Se estivéssemos esperando pela cirurgia no SUS, com certeza estaríamos lá até hoje. O Arthur quase perdeu a visão por falta de atendimento e os cuidados necessários, mas gora só tenho que agradecer. Foi um presente de Natal maravilhoso”, comemorou Glauciane.
A FRAO é uma entidade mantida pelo Hospital Oftalmológico de Brasília (HOB), criada em 1986, pelo oftalmologista Canrobert Oliveira, fundador do HOB. O caso de Arthur é um dos muitos atendidos pela instituição, cuja missão é a recuperação ou melhoria da visão de pessoas carentes que sofrem desnecessariamente de problemas oculares tratáveis cirurgicamente.
Segundo a dra. Aline Silva Guimarães, médica do HOB responsável pelo tratamento do bebê, a catarata congênita – uma alteração que causa opacificação do cristalino, que pode ser tênue ou muito densa, semelhante à pupila branca – é uma das principais causas de cegueira na infância. “O problema requerer diagnóstico precoce e cirurgia urgente. No caso do Arthur, a acuidade visual já estava sendo comprometida e se algo não tivesse sido feito de imediato, ele poderia ter perdido a visão. Realizamos a cirurgia no primeiro olho e felizmente ocorreu tudo bem. Na próxima semana vamos cuidar do outro olho e esperamos uma recuperação rápida. No caso de catarata congênita, quanto antes a doença for diagnostica, maior chance de evitarmos complicações e sérios prejuízos no futuro”, destacou Aline.
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