ESQUEMA TEM COMISSÃO DE 5% PARA DIRIGENTE

 O Estado de S.Paulo

No dia 28 de outubro, a RC Assessoria recebeu R$ 282,3 mil de um convênio do Ministério da Cultura com o instituto fantasma Inbraest, fruto de uma emenda do senador Gim Argello (PTB-DF), ex-relator do Orçamento. No mesmo dia, uma comissão de 5%, R$ 14.115,00, foi transferida para a conta do vice-presidente da entidade, Frederico Augusto Ribeiro Clemente, e R$ 215 mil foram sacados em espécie.

O dinheiro deveria pagar um evento cultural realizado um mês antes na faculdade Dulcina de Moraes, que tem, entre os integrantes do conselho curador, um sócio do filho de Argello. Nem a RC, nem o Inbraest organizaram o evento. Em agosto, R$ 85 mil já haviam sido transferidos pela RC diretamente para a conta do diretor da faculdade, Augusto Lacerda Brandão.

No dia 25 de junho, o Instituto Educar e Crescer, também de fachada, repassou R$ 103 mil para a RC. Três meses depois, R$ 45 mil foram devolvidos para a entidade. Conveniado com o governo, o Instituto Projeto Viver – também beneficiado por Argello – transferiu R$ 62,5 mil à empresa no dia 30 de agosto. O dinheiro não ficou nem um dia na conta bancária. Naquela mesma data, R$ 63 mil foram sacados em espécie.

Apesar do volume grande de recursos que recebe, a RC Assessoria não se preocupa em deixar nada na sua conta corrente. Até semana passada, seu saldo bancário era negativo em torno de R$ 19 mil.



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